Jogadores do Grupo Desportivo Textáfrica de Chimoio paralisaram as suas actividades, devido ao atraso de quatro meses de salários e prémios de jogo. A assembleia geral da colectividade reconhece o problema e diz que, neste momento, a equipa está mergulhada em crise.
Os atletas endereçaram uma carta, subscrita por 28 dos 30 jogadores, ao presidente do Textáfrica com conhecimento da Direcção Provincial de Juventude e Desportos de Manica e Associação Provincial de Futebol de Manica a reclamarem da sua situação.
“A equipa sénior masculina de futebol do GDRT (jogadores) vem, por meio desta, informar as instituições acima que, por razões do incumprimento dos nossos salários (4 meses) e prémios de jogos (4 prémios) em atraso, falta de condições de trabalho e de vida no lar dos jogadores, decidimos paralisar as actividades (treino e jogos) por tempo indeterminado até que nos seja solucionado o assunto. Sem mais do momento, as nossas cordiais saudações desportivas”, lê-se na carta.
Ontem, os atletas não se fizeram aos treinos do clube, estando, por isso, em dúvida se irão defrontar o Ferroviário de Nampula, domingo, em desafio inserido na jornada 12 do Moçambola 2024.
O presidente da mesa da assembleia geral do Textáfrica de Chimoio, Zacarias Mavile, reconhece os problemas que os jogadores apresentam e diz que o clube enfrenta uma crise.
Recentemente, o primeiro campeão nacional viu o campo da Soalpo interditado pela Liga Moçambicana de Futebol (LMF), devido às escaramuças protagonizadas pelos seus adeptos no duelo com a Associação Black Bulls e suposto envolvimento no suborno ao árbitro Guilherme Malagueta. O histórico clube do futebol moçambicano volta a estar envolvido em mais um episódio negativo.
O presidente do Textáfrica de Chimoio, Alfredo Dézima, disse, esta quinta-feira, que a colectividade só deve dois meses aos atletas. Dézima disse ainda haver sabotagem dentro desta colectividade.