Ferroviário de Maputo é campeão africano de basquetebol, em seniores femininos pela terceira vez. Os “locomotivas” venceram, na final, o Al Ahly do Egipto, por 81-72. Ingvild Mucauro foi eleita a jogadora mais valiosa da prova. África aos seus pés.
É o basquetebol moçambicano no seu melhor e ao seu estilo, no contexto da modalidade no continente africano. Ferroviário de Maputo é tricampeão africano. De Dakar para Moçambique, a taça é genuinamente de quem acreditou no projecto. Boa entrada contra o gigante Al Ahly do Egipto. Ingvild Mucauro, Anabela Cossa e Silvia Veloso comandaram a banda.
O Ferroviário de Maputo comandou os primeiros dois quartos, com os parciais de 26-13 e 26-20, fixando o resultado na primeira parte em 46-38. Consistente e segura, a turma de Nasir Salé não desarmou, mesmo em meio de muita pressão dos adeptos egípcios. O Al Ahly entrou melhor no terceiro período obrigando o representante moçambicano a cometer muitos erros.
Nesse período, o marcador indicava 76-72 a favor das “locomotivas”. Faltando 28 segundos por jogar, o resultado estava em 72-79 e a pressão aumentava. O Ferroviário de Maputo acreditou em tudo, sobretudo na sua força e fixou o resultado em 81-72. É obra.
Ingvild Mucauro foi eleita a jogadora mais valiosa da prova, título que premeia a sua determinação e compromisso. Anabela Cossa igualou a Odélia Mafanela na lista das atletas com mais títulos africanos, ambas com cinco. É dono de África. Nasir Salé já soma quatro títulos africanos. Já não tem nada a provar.